Temer e Maia se reaproximam com foco nas eleições

A influência direta de Rodrigo Maia (DEM-RJ) na redistribuição de cargos no primeiro escalão do governo tem o objetivo de articular uma aliança entre PMDB, DEM e partidos do centrão para a disputa das eleições de 2018.

Auxiliares de Michel Temer dizem que a articulação do presidente da Câmara para indicar o novo ministro das Cidades, Alexandre Baldy, e seu aval para escolher o próximo titular da Secretaria de Governo costurará os votos necessários para a aprovação da reforma da Previdência. Mas, mais do que isso, amarrará o DEM e siglas como PP, PR e PSD em uma coalizão governista no próximo ano.

A ideia é que essa aliança de centro-direita tenha um candidato próprio ao Palácio do Planalto, impedindo que Temer e seus aliados orbitem em torno de Geraldo Alckmin, possível nome do PSDB à Presidência da República.

A oscilação da postura dos tucanos no apoio ao governo irritou Temer e seu núcleo político, o que impulsionou um movimento na direção de um voo solo na disputa de 2018.

A baixíssima popularidade do presidente (5%), que não é candidato à reeleição, pode ser minimamente ocultada, acreditam assessores, por uma aliança formada por vários partidos. Um dos nomes que poderiam encabeçar a chapa, por exemplo, é o do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD).

MAIS PODER

Temer decidiu ceder a Maia espaços importantes na Esplanada em troca do compromisso do deputado em liderar o centrão na aprovação das mudanças na aposentadoria e na aglutinação desse grupo em torno da possível aliança do ano que vem.

Aliadas ao Planalto, essas siglas barganhavam cargos e liberação de emendas parlamentares desde as votações que barraram na Câmara as duas denúncias contra o presidente e ameaçavam retaliar o governo caso seus pleitos não fossem atendidos.

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