Temer não segue indicação de ministro e anuncia Segóvia para a PF

O presidente Michel Temer decidiu não seguir os conselhos do ministro da Justiça, Torquato Jardim, e anunciou um nome diferente do indicado pelo auxiliar para chefiar a Polícia Federal daqui em diante. Nesta quarta-feira, 8, o Ministério da Justiça anunciou que Fernando Segóvia assumirá o posto.

Nas negociações para a escolha do sucessor de Leandro Daiello, o nome sugerido a Temer foi o do delegado Rogério Galloro, segundo confirmaram interlocutores do ministro. Galloro é o atual número 2 na hierarquia da PF. Torquato Jardim é amigo de Michel Temer há mais de 30 anos. Mas, desta vez, Temer preferiu ouvir outros aliados, que conseguiram convencê-lo de que o melhor nome para o cargo era o de Segóvia.

> Planos. O PT deverá seguir em 2018 a mesma estratégia que vinha sendo adotada em eleições anteriores para a Câmara Federal, a de lançar vários nomes competitivos para a disputa de deputado federal. São ao menos dois até agora: o deputado estadual Fernando Mineiro e a vereadora natalense Natália Bonavides. No último pleito, quando o partido “perdeu” Fátima Bezerra para o Senado, a estratégia não deu certo, e o partido ficou sem representante.

> Cenários. Com a possível candidatura de Mineiro a deputado federal, “abre-se” uma vaga, dentro do PT, para a disputa na Assembleia Legislativa. A principal aposta do partido para tentar uma vaga no parlamento estadual é a vereadora Isolda Dantas, de Mossoró.

> Rixa. Outro que surge como possibilidade do partido para a Câmara em 2018 é o vereador natalense Fernando Lucena. Nos bastidores, circula a informação de que o petista, se confirmado na disputa, fará uma campanha para “pegar no pé” do deputado federal Rogério Marinho (PSDB), que deverá concorrer à reeleição. A ideia seria “perseguir” o tucano, confrontando os discursos. Promete!

> Baque. A bancada feminina da Câmara de Ceará-Mirim sofreu um revés considerável com a cassação dos mandatos de Jumária Mota (Podemos) e Ângela Aquino (PTC). A “bancada do batom”, que tinha cinco vereadoras, agora terá apenas três – tudo isso num universo de quinze parlamentares. No lugar de Jumária e Ângela, assumirão as cadeiras os suplentes Luciano Morais (PR) e Randinho (Podemos).

> Esbanjamento. As vereadoras do município da Grande Natal perderam o mandato após decisão unânime do TRE-RN. Elas foram denunciadas pelo Ministério Público Eleitoral por terem extrapolado em 30% os limites de gastos em suas campanhas em 2016. Cabe até recurso, mas as vereadoras eleitas terão de deixar os cargos.

> Com festa. Em Natal, Raniere Barbosa (PDT) retornou ontem às suas funções na Câmara. Foi recepcionado com festa por eleitores e funcionários da Casa e já participou da sessão ordinária, fazendo até discurso na tribuna. Aparentando estar tranquilo, disse que retoma o mandato com “serenidade”.

> Arrumando a casa. O prefeito de Parnamirim, Rosano Taveira (PRB), não esconde de ninguém que encontrou a administração municipal atolada em dívidas. Há quase um ano no cargo, vem fazendo uma gestão de ajustes e um verdadeiro malabarismo com as receitas para poder conseguir manter em dia o pagamento dos servidores e também oferecer os serviços básicos à população.

> Cortes à vista. As medidas que vêm sendo adotadas, contudo, não são suficientes. A administração deverá anunciar em breve uma série de ações para diminuir as despesas com pessoal. Atualmente, o índice de comprometimento das receitas com servidores está acima do que é permitido pela Lei de Responsabilidade. A meta é, segundo acordado em Termo de Ajustamento de Gestão com o TCE/RN, voltar aos limites legais durante o ano de 2018. A casa deverá estar definitivamente arrumada, se tudo der certo, apenas no início de 2019.

> Verba extra. Mesmo com a crise, na Câmara local, um grupo de vereadores se articula para pôr em votação, antes do recesso do final de ano, um dispositivo que recriará a verba indenizatória de gabinete, cortada desde o final do ano passado. Atualmente, a liberação de verba para a manutenção dos gabinetes parte exclusivamente da Presidência. Com a nova proposta, cada vereador teria liberdade para gastar uma quantia específica.

Estadão

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