Veja a justificativa para a título de cidadão a dona de Cabaré em Natal

Uma discussão sobre a concessão de título de Cidadão Natalense movimentou os bastidores da Câmara Municipal de Natal nesta semana. Isso porque a homenageada é a empresária Maria, do Bar da Maria, uma “Casa de Drinks” localizada no Alecrim. 

Tivemos acesso a justificativa da concessão do título, assinada pela vereadora Margarete Régia, que é irmã do ex-deputado evangélico Albert Dickson. Curiosamente, é justamente a bancada evangélica que tem impedido a aprovação desse título e a homenagem a Maria. 

Veja o texto da justificativa para o título: 

“A Empresária Maria Bar do Alecrim, como é conhecida, nasceu em Currais Novos. É mãe de três filhos adotivos e dois biológicos, 14 netos e sete bisnetos.

Seu primeiro trabalho foi em 1981, numa casa de família, quando foi convidada por uma amiga para ir a um clube. Chegando lá, Maria foi informada que o local era a Boate de Maria Boa. Assustada, ficou observando tudo naquele local que tinha um globo girando, muitas luzes e pessoas bonitas. 

Até que apareceu um homem bem vestido, a convidando para ir pro quarto. Totalmente sem experiência, Maria foi orientada pelo gerente a fazer o programa. Foi quando Maria fez seu primeiro programa. 

Terminando aquele programa, ficou assustada com a exorbitante quantia em que foi paga, quase o mesmo valor que ela recebia por um mês trabalhando como empregada doméstica. 
Logo depois, pediu demissão do emprego de doméstica porque não estava conseguindo conciliar as duas atividades. 

Desde então, passou a trabalhar em ‘Maria Boa’, emprego esse que foi onde ela adquiriu sua independência financeira, e ajudar a toda família que era muito pobre. 

Maria tinha uma excelente convivência com sua patroa, Maria Boa, com quem aprendeu tudo da profissão. Maria além de ter sido gerente em Maria Boa, era a pessoa de confiança da então empresária Maria Boa. 

Em 1993, Maria se mudou para Paraíba. Lá, conheceu uma pessoa que montou para ela seu primeiro bar, no centro de João Pessoa, onde ficou até 1998. 

No ano de 2000, Maria abriu o seu próprio negócio em Natal, num prédio alugado na Praia do Meio e depois se mudou para o bairro do Alecrim, onde é até hoje, com apenas duas mulheres trabalhando para ela. 

Em apenas dois meses, ela ja tinha 20 mulheres trabalhando em seu estabelecimento. Depois de seis anos, conseguiu comprar o imóvel. Hoje, conta com um total de 26 funcionárias, número ideal para o bom atendimento do seu empreendimento. 

Muitas já se casaram, formaram família, saíram do ramo definitivamente. Outras saíram e depois voltaram. Todas as funcionárias são muito bem tratadas. Em caso de alguma adoecer, Maria dá toda assistência, cuida até que a funcionária fique totalmente curada. 

Maria também faz um trabalho social muito bonito, ajuda a 22 casas sociais entre as quais creches e instituições carentes. 

Além de muitas entrevistas já concedidas, destaca-se uma para o Programa do Jô que saiu na Revista IstoÉ. 

Assim, Maria Bar tem dedicado sua vida tanto a atividade de entretenimento noturno nesta capital, como a assistência social. É uma mulher generosa, empresária carismática e que reúne humildade e disposição para ajudar aos mais carentes. Ela se considera uma mulher muito feliz e realizada ao lado da sua família.”

Vale lembrar que a polêmica sobre o título para Maria do Bar de Maria não é recente. Circula desde 2022, quando a sugestão foi apresentada e a personagem era candidata a deputada estadual. Contudo, voltou a ser destaque nesta semana, quando ela apelou pela homenagem em entrevista ao Via Certa Natal.

4 Comentários

José aldomar

jun 6, 2023, 9:40 am Responder

no Brasil a moda não eh essa de dar título a quem não faz nada que diga os deputados e vereadores que não deixa eu mentir

Marcos

jun 6, 2023, 1:00 pm Responder

Maria do ainda faz ação social, tem um monte que recebe título e não fazem nada para o próximo,,,,

Raul Macêdo

jun 6, 2023, 11:08 am Responder

Com certeza Maria tem mais serviços prestados, do que nossos edis.

Jolie

jun 6, 2023, 2:29 pm Responder

Achei que ser “cafetão” no país era proibido 🤔

Escreva sua opinião

O seu endereço de e-mail não será publicado.