Vereadora de Natal diz que escolas privadas estão preparadas e cobra retorno das aulas presenciais

Foto: Verônica Macedo / CMN

Proprietários de escolas particulares, diretores e pais de alunos farão um protesto nesta terça-feira (8), em Natal, para cobrar do Poder Público uma autorização para o retorno das aulas presenciais ao menos na rede privada. A manifestação acontecerá em frente ao Palácio Felipe Camarão, sede da Prefeitura do Natal, a partir das 9h.

Em função da pandemia do novo coronavírus, as aulas presenciais estão suspensas desde 18 de março em todo o Rio Grande do Norte, tanto nas escolas públicas quanto nas particulares. Agora, quase seis meses depois da interrupção, as instituições de ensino da rede privada afirmam que montaram um protocolo que garante um retorno seguro às atividades.

Na avaliação da vereadora Nina Souza (PDT), as escolas particulares estão preparadas para a volta às aulas presenciais. “As escolas tiveram o cuidado de se organizar. Contrataram especialistas, construíram um checklist de informações, com procedimentos que devem ser adotados no retorno, e treinaram os profissionais”, afirma.

A parlamentar defende, já que existe um protocolo e condições para o retorno seguro nas escolas privadas, que seja dada aos pais a opção de decidir se mandam ou não seus filhos para a escola. Ela ressalta que, no caso dos pais que se sentem inseguros, é possível montar um sistema híbrido de ensino, com parte dos estudantes em sala de aula e parte com acesso remoto, por videoconferência, participando de casa. “O que não podemos é manter as escolas fechadas”, afirma.

“Precisamos entender que, se as escolas privadas construíram procedimentos para o retorno, não podem ser prejudicadas porque as escolas públicas não fizeram. Como educadora, mãe e vereadora, digo que está na hora de o poder público entregar na mão dos pais. Eles têm condições de dizer se voltam às aulas ou não”, registra.

Nina Souza destaca que a suspensão das aulas presenciais tem prejudicado os estudantes, que não conseguem ter acesso a ensino de qualidade, e as escolas, que têm tido dificuldades de manter a estrutura, além dos próprios pais. “Não se trata de trabalho em detrimento da vida. Estamos falando, sim, de preservação da vida, porque as escolas devem voltar mantendo os critérios necessários para dar segurança aos alunos”, complementa.

A vereadora diz, ainda, que só voltariam aquelas escolas que têm condições de respeitar um protocolo rígido e de dar segurança aos estudantes, professores e demais funcionários. “Educação faz parte da formação do indivíduo. Esse ano letivo está totalmente comprometido. As aulas virtuais não são como as presenciais”, finaliza.

AGORA RN

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