Otimismo à espera das festas; os humores sobre a economia começaram a melhorar

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O comerciante tem de antecipar as festividades de fim de ano para engrenar as vendas. A atmosfera dos centros de compras do Estado começa a mudar e as ofertas aparecem. Neste ano, a sensação é de otimismo.

“É a maior data do varejo. Não será diferente neste ano (crescimento de vendas). Experimentamos uma ascensão do consumidor. Uma tendência de melhora nos espera”, afirma Freitas Cordeiro, presidente da Federação das Câmaras dos Dirigentes Lojistas do Ceará (FCDL). A melhora do quadro é destacada com base no Índice de Confiança do Consumidor de Fortaleza, divulgado pela Federação do Comércio do Ceará (Fecomércio-CE), que apresentou um crescimento de 3,1% em novembro ante mesmo período do ano passado.




Ainda está longe de ser o melhor dezembro, mas é um começo. De 3% a 4% de aumento em vendas é esperado por Freitas. “Os lojistas já se prepararam para o Natal. Não tem mais como repor o estoque, dado que as indústrias começam a desacelerar em novembro e dezembro. A reposição já foi feita”, afirma. O comerciante quer aproveitar a carona da Black Friday, que acontece oficialmente no próximo dia 25. Caso não atinja a meta de vendas no período, é comum que o estoque remanescente seja despachado para o final do ano. O presidente da FCDL avalia que as mercadorias do evento entrarão em promoção bem antes do esperado. “O consumidor terá mais opções de compra neste final de ano”, avalia.

Demandará certo tempo até que as bases do consumo estabeleçam patamares anteriores a 2014. “Mas já se observa tendência de queda cada vez menor na comparação entre os trimestres, o que deve ser visto também ao longo dos próximos meses. No entanto, a recuperação, de fato, ainda deve levar algum tempo para se concretizar, já que a retomada da confiança vem se dando de forma gradual”, diz Roque Pellizzaro Junior, presidente do SPC Brasil. No terceiro trimestre, as vendas no varejo despencaram 5,7%, conforme pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Ação das lojas
Com o consumidor mais controlado nos gastos, o mercado precisa de adaptação. “Sentiremos mais essa diferença de movimento a partir do dia 20 de novembro”, destaca Tiago Sousa, gerente da Casa dos Relojoeiros do Shopping Iguatemi. Os preços permanecem flexíveis. Tudo para agradar os púbicos A, B e C. “Nosso tíquete médio baixou de R$ 700, no caso de relógios, para R$ 400. Isso não quer dizer que se traduza em baixa de vendas. O fato é que o cliente vai buscar o preço mais em conta”.

Se no setor de joias e relógios a situação é de expectativa, no segmento de venda de calçados os resultados começam a aparecer. José do Vale Aquino, gerente da Casa Pio também do Iguatemi, destaca que o volume de vendas segue a linha do crescimento desde o mês de julho. “Acredito que o cliente que compra calçado está mais confiante”, avalia. A projeção de lucro, segundo ele, deve variar entre 5% e 10% com relação a dezembro de 2015.

O POVO

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