Polícia Federal indicia Cabral, Adriana Ancelmo e mais 14 na Operação Calicute

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A Polícia Federal indiciou nesta sexta-feira (2) o ex-governador Sérgio Cabral, a sua mulher, Adriana Ancelmo, e mais 14 pessoas na 1ª fase da Operação Calicute por crimes que vão de corrupção passiva e ativa, organização criminosa a lavagem de dinheiro. Serão instaurados ainda outros inquéritos policiais para aprofundamento de novas vertentes da investigação.

Desencadeada no dia 17 de novembro, a Operação Calicute prendeu o ex-governador e oito pessoas ligadas a ele é um desdobramento da Lava Jato. Adriana Ancelmo foi alvo de condução coercitiva, no dia da prisão do marido, quando prestou depoimento na sede da Superintendência da Polícia Federal no Rio e em seguida foi liberada. Os agentes federais também cumpriram mandado de busca e apreensão no Escritório Ancelmo Advogados.


Na última segunda-feira (28), o juiz da 7ª Vara Federal do Rio, Marcelo Bretas, responsável pela força-tarefa da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, determinou o bloqueio de bens imóveis da mulher de Sérgio Cabral, e do escritório de advocacia Ancelmo Advogados, de propriedade dela. O magistrado atendeu a pedido do Ministério Público Federal.

No pedido, o MPF narra que os laços familiares e de intimidade de Adriana com os demais investigados são inegáveis. As apurações preliminares revelaram que ela praticou diversos atos que, aparentemente, representam evidências de sua participação na lavagem e na ocultação de proveitos de origem ilícita decorrentes da corrupção, supostamente praticada por seu marido, o também investigado Sérgio Cabral.

Na decisão, o juiz Marcelo Bretas disse que, no aprofundamento das investigações, foi identificada a participação da investigada Adriana Ancelmo na atividade da suposta organização criminosa.

Por essa razão, segundo o magistrado, tornou-se medida necessária a decretação do bloqueio dos seus bens imóveis, “em especial no que diz respeito à aquisição de grande quantidade de joias de altíssimo valor, normalmente em dinheiro vivo, pela própria investigada ou por pessoas interpostas, nas principais joalherias do Rio de Janeiro”.

Além de Cabral e Adriana Ancelmo, os outros indiciados são Wilson Carlos Cordeiro da Silva de Carvalho (ex-secretário de Governo), Carlos Emanuel de Carvalho Miranda (apontado como operador financeiro da quadrilha), Luiz Carlos Bezerra (ex-assessor de orçamento da Alerj), Hudson Braga (ex-secretário de Obras do Estado), Wagner Jordão Garcia (ex-assessor de Cabral), José Orlando Rabello (ex-chefe de gabinete de Hudson Braga), Carlos Jardim Borges (empresário que teria realizado pagamentos suspeitos para empresa de Carlos Miranda), Pedro Ramos de Miranda (Ex-motorista de Cabral), Luiz Alexandre Igayara (empresário que teria feito pagamentos por serviços inexistentes no esquema), Paulo Fernando Magalhães Pinto (administrador de empresas), Luiz Paulo dos Reis (empresário ligado a Hudson Braga), Alex Sardinha da Veiga (que teria participado de acordos “criminosos” entre a Secretaria de Obras e a Construtora Oriente, que ele diz representar), Rosângela Machado de Carvalho Braga e Jéssica Machado Braga (parentes de Hudson Braga e apontadas como “laranjas” no esquema).

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JORNAL DO BRASIL

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