Alemanha se junta à França em pressão ambiental sobre o Brasil
A França, de Emmanuel Macron, não está mais sozinha. Com a posse do novo chanceler Olaf Scholz nesta quarta (8) a Alemanha será governada por uma coalização entre social-democratas, verdes e liberais. O novo governo tende a se unir com mais força aos franceses nas cobranças ao governo de Jair Bolsonaro, por causa da destruição da Amazônia.
Embaixadores de Brasil e Alemanha dizem que a situação tende a “piorar”. A COP-26, em Glasgow, na Escócia, agravou o problema. A delegação brasileira, chefiada pelo ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, deixou de apresentar dados mais recentes do desmatamento na Amazônia, um recorde de 13 mil km² devastados, e assegurou que o cenário era positivo. Diplomatas brasileiros reconhecem que a credibilidade foi prejudicada e muitos europeus se sentiram enganados.
O embaixador alemão em Brasília, Heiko Thoms, disse que os compromissos anunciados pelo Brasil na COP-26 eram só palavras e manifestou descrédito na capacidade de o governo cumprir a meta de zerar o desmatamento ilegal até 2028. Ele negou a possibilidade de a Alemanha retomar contribuições ao Fundo Amazônia.
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